Por uma plataforma anarquista
As coisas mesmo antes da conferencia libertária, já as relações entre anarquistas eram tensas com grupos a acusarem grupos de "reformismo" e criticas orais e verbais.
Apesar de algumas organizações conjuntas como o 1º de Maio em Lisboa e de alguns debates as criticas continuaram.
Depois da conferencia essa situação "agravou-se" nunca mais houve qualquer iniciativa conjunta organizada.
Um dos grandes problemas da conferencia (que foi muito bem organizada com um ordem de trabalhos consensuada por todos e discutida previamente por muitas pessoas de Norte a Sul do país) foi não ter havido conclusões e não ter aparecido uma organização que congregasse todos os anarquistas.
Ainda apareceu uma proposta sindicalista, mas logo os "anti-organização" mostraram-se contra.
O anarquismo só pode ser complementado na prática se for organizado de forma anarquista, ou seja, de base assemblista, onde as decisões são discutidas analisadas e executadas por todos os individuos do grupo, tudo o que saía fora destes parêmetros não é anarquista, mas outra coisa qualquer.
Este debate em Aljustrel, pode ser um ponto de viragem do ponto de vista organizativo e criar qualquer coisa que contamine todos os anarquistas a organizar-se numa federação, associação, ou plataforma.
Há dois pontos que são fundamentais do ponto de vista organizativo, a fundação de uma plataforma de entendimento entre todos os individuos que são a favor da organização e a federação de grupos que podem ter as mais diversas vertentes:anarquismo, sindicalismo, ecologismo, anti-militarismo, mulher, etc.
A fundar-se a tal plataforma devia dividir-se o territorio em três/quatro grandes federações de grupos: de região:Sul (Alentejo, Algarve) Setúbal, Lisboa (Grande Lisboa, Vale de Santarém)
Centro (Coimbra Leiria), Porto (Grande Porto Região Norte).
Este texto não passa de uma análise que pretende contribuir para o debate sério entre todos os anarquistas.
Saúde e Anarquia