CGTP em jornada de luta
(lusa)
Os trabalhadores dos CTT iniciam hoje uma greve de dois dias e vão manifestar-se em Lisboa em defesa do Acordo de Empresa, dos direitos adquiridos e de "aumentos justos para todos".
A manifestação tem início às 14H30 nos Restauradores, passa pelo edifício da Administração dos CTT e terminará junto ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
A paralisação e a manifestação dos trabalhadores dos CTT, que este ano já fizeram cinco dias de greve, realizam-se no âmbito do "Dia Nacional de Luta" que a CGTP convocou para quarta-feira.
A CGTP escolheu o dia do seu 38ºaniversário para a realização de uma jornada de luta contra a proposta de revisão do Código do Trabalho, contra a precariedade laboral e por melhores salários, que vai ter repercussões em todo o país e em todos os sectores de actividade.
A CGTP foi o único parceiro social que não subscreveu o acordo tripartido que serviu de base à proposta do Governo porque considera que ela vai fragilizar a contratação colectiva ao permitir a caducidade das convenções e vai flexibilizar excessivamente os horários de trabalho para reduzir o pagamento de horas extras.
O "Dia Nacional de Luta da Intersindical" prevê a realização de concentrações e desfiles em Évora, Coimbra, Viseu, Leiria, Aveiro Guarda e Beja, entre outras cidades, e dezenas de plenários em empresas de calçado, cerâmica, têxteis, metalurgia e transportes.
Estão também previstas greves para o sector dos transportes, hotelaria, indústrias eléctricas e química.
As estruturas sindicais da Função Pública filiadas na CGTP também aderiram ao protesto com a marcação de uma greve nacional para quarta-feira, cujos primeiros efeitos se deverão fazer sentir ainda hoje, ao inicio da noite, nos serviços de recolha de lixo e nos hospitais.
Comentário:
Já é rotina a CGTP realizar jornadas de luta, com greves na função publica, correios, enfermeiros, etc sectores tradicionais onde os trabalhadores aderem a esta forma de luta da CGTP.
Todos estes sectores tem conflitos com as respectivas tutelas como é o caso da função pública que inicia agora a negociação sindicatos-governo sobre os aumentos, etc para o próximo ano.
Esta jornada também se insere na luta contra o Código do Trabalho que está para aprovação pelos os deputados em S. Bento.
Esta jornada de luta além ser rotineira é pouco combativa, porque já anteriormete houve outras jornadas e não deram frutos.
Seria melhor que a CGTP convocasse uma GREVE GERAL contra o Código do Trabalho e que pudesse ser uma alavanca para reivindicar melhores salários, lutar contra o desemprego e a precaridade, laboral , mas isso a CGTP não está interessada, prefere andar a pedir batatinhas a Cavaco Silva em Belém e com esta actuação os trabalahdores é que vão perder.