O PRECARIADO REBELA-SE * No primeiro de Maio, que é o feriado mundial dos trabalhadores, realizam-se por toda a Europa as paradas MayDay. Essas iniciativas são manifestações de visibilidade do trabalho sem voz: os precários de todo o tipo.* A primeira parada MayDay de Lisboa é uma festa rebelde que junta operadores de call center, imigrantes, bolseiros, intermitentes do espectáculo e do audiovisual,estagiários, desempregados e contratados a prazo, estudantes- (já/ainda/quase) -trabalhadores, etc… * A precariedade invade todas as áreas da vida e é mais completa entre os mais novos. Sair de casa dos pais, aguentar uma renda ou um empréstimo, são coisas simples que se transformam em grandes riscos. O trabalho precário nem sempre é pago. É quase sempre mal pago. O patrão que emprega raramente é o que contrata: as empresas de trabalho temporáriomultiplicam-se, crescem e exibem lucros milionários. Nelas, o salário é mais curto, o contrato pode acabar sem aviso e nem sempre deixando subsídio de desemprego. * No MayDay, desfilaremos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, pelo direito a trabalhar sem chantagem e a um mínimo de independência e conforto. Ninguém quer passar o resto da vida a pensar como pagar a próxima conta e a fazer malabarismos com três trabalhos precários. Precárias e precários, todos ao MAYDAY! MayDay!! :: MayDay2007!! :: 1º Maio :: parada mayday até ao estádio 1º maio (inatel) :: participação na manif cgtp, do inatel à cidade universitária :: MayDay!! MayDay!!
As trabalhadoras da limpeza da Universidade Pablo de Olavide de Sevilha estão em greve indefinida, declarada pelos sindicatos CNT e CIT, desde 18 de Março passado. As suas reivindicações são:
1- Readmissão imediata de 3 companheiras despedidas.
2- Contratos indefinidos a tempo completo para todo o pessoal.
3- Aplicação do acordo subscrito para os trabalhadores da Hispalense, especialmente no que respeita à subida salarial (9,5%); redução da jornada laboral (35 horas semanais); assuntos próprios (oito dias), etc.
4- Supressão do turno da noite, imposto pela empresa.
5- Direitos e garantias em igualdade de condições para todas as secções sindicais.
A trabalhadoras receberam a solidariedade da maioria dos professores e estudantes. Pelo contrário, foram criminalizadas pelo reitor, que as acusou de «terroristas» e de realizar actos de sabotagem na universidade e enviou contra elas a polícia anti-motins, que as expulsou do campus. Apesar dele, elas continuam manifestando-se quer na universidade como no centro da cidade.
Estamos tod@s - na AC-Interpro - em solidariedade activa com as trabalhadoras em greve e com a CNT de Sevilha, que organiza a luta. Sabemos que este sector é (também aqui, em Portugal) de baixos salários, onde reina -em muitos casos - a maior violência patronal, sem respeito pelos horários de trabalho, pelas condições de higiene e segurança, pelas normas contratuais ou pelas leis laborais. Repudiamos a atitude autoritária do reitor da UPA; a razão não está do seu lado... Vamos encetar uma colecta, que enviaremos às trabalhadoras. *Solidariedade com as trabalhadoras há um mês em luta na UPA - Sevilha! *
As grevistas abriram uma caixa de resistência para sustentar economicamente o conflito. Esta tem o número interbancário seguinte: Caja de Ahorros Monte de Piedad: 2098.0269.14.0372014028
Parede, 18-04-07 Pela Comissão Provisória da AC-Interpro Manuel Baptista -- Associação de Classe Interprofissional www.acinterpro.org acinterpro@gmail.com http://groups.google.com/group/AC-Interpro
de Gonçalves Correia CCA goncalvescorreia(a)hotmail.com
Dia 25 de Abril, pelas 18 horas apelamos à participação activa num acto de resistência à farsa Nazionalista, que terá início na Praça da Figueira, depois da manifestação do 25 de Abril ter terminado. Acreditamos que a impunidade e o à vontade com que os vários grupos "nazis" "fascistas" ou ditos "nacionalistas" agem tem de ser combatida aqui e agora, e sabemos que esse não é nem será nunca a tarefa de qualquer polícia ou instituição estatal, pelas suas afinidades e cumplicidades. A nossa denúncia é popular, não judicial. Como tal, acreditamos que devemos exercer e expandir a autodefesa contra qualquer tipo de agressão por parte desses grupos que fazem o trabalho sujo que os capitalistas não querem fazer. Mas não nos esquecemos que quem financia tais grupos, quem os chama sempre que é preciso amedrontar os oprimidos, são os mesmos que controlam a economia, os estados e semearam a divisão, a desconfiança, a miséria e mantêm-nos presos no nosso medo, divididos nas nossas lutas, e "condenados" à derrota. E è contra esses que dirigimos a nossa luta, ontem, hoje e enquanto existirem. Esta manifestação, que é proposta por grupos libertários e autónomos, è aberta à participação de todas as pessoas e ideias que, de uma forma não partidária, desejam expressar a sua revolta e determinação, numa manifestação popular e unitária. Queremos deixar bem claro que somos e seremos capazes de nos organizar para agir e reagir sempre que necessário. Desejamos que a manifestação seja uma prova de força e determinação, chegando até ao seu final sem problemas nem distúrbios. Mas nunca renunciaremos ao nosso direito de autodefesa. Sabemos que ninguém é invencível, nenhum império, nenhum estado, nenhuma força de repressão, mas também sabemos que nada cai por si só. Participemos todos na manifestação, activamente; os dias não estão para divisões, nem para apatia. Dia 25 de Abril, unidos e organizados sem partidos nem estado
A proposíto da campanha das "novas oportunidaes", não são iguais para todos.Os filhos dos ricos têm muito melhores condições para terem um canudo ou uma especialização qualquer, enquanto os filhos dos trabalhadores não têm as mesmas condições económicas socais para poderem tirar um curso e especializarem-se. A campanha do governo é um tremor de terra contra os trabalhadores que fazem certos serviços que precisam ser feitos, mas são mal pagos, e por isso só os emigrantes, desempregados, e pessoas sem especialização os querem fazer. Um jardineiro, cantoneiro, servente de obras, pedreiro, etc é tão digno como ter um curso superior desde que seja feito com dignidade, responsabilidade, e só esses trabalhadores podem dignificar a sua profissão lutando por melhores condições de vida e de trabalho no dia-a-dia.
A CGTP vai convocar uma greve geral, até aqui tudo bem. O problema é que esta greve não visa mudar nada no panorama sindical e político. O governo vai continuar a sua política anti-social e anti-laboral contra os trabalhadores. Esta suposta greve geral é para fazer coçegas ao governo, porque nada vai mudar, porque a CGTP está embuída de um espirito reformista que não belisca o governo e o Estado. Uma greve séria e mobilizadora só se podia fazer se fosse de vários dias seguidos ou alternados com um carácter revolucionário e se a CGTP saísse do Conselho de Concertação Social, onde está com os patrões e governo e onde se cozinham a retirada de direitos dos trabalhadores e os acordos entre sindicatos patrões e governo, mas a CGTP não está interessada. Isto é mais uma greve para saber o grau de descontentamento operário e popular, mas de certeza que esse descontamento não se manifesta na aderência as greves, mas na cara do povo. Esse descontentamento só se manifesta no pagamento do custo de vida, da precariedade laboral e social, nos despedimentos arbitrários, fechos de empresas, nos postos de saúde que faltam, no fecho de maternidades, nos internamentos hospitalares com pagamento das taxas moderadoras, na exploração patronal, na repressão social, patronal, e policial.
Mais de dez mil denúncias ficam sem resposta Falta de meios leva inspecção do trabalho a recusar 40 por cento das queixas
A Inspecção-Geral do Trabalho não consegue responder anualmente a mais de dez mil das denúncias que recebe por falta de meios humanos, um valor que corresponde a mais de 40 por cento do total de pedidos de intervenção anuais, avançou hoje o Rádio Clube Português.
Segundo os últimos dados tornados públicos, a inspecção do Trabalho não tem inspectores suficientes para responder eficazmente a todas as denúncias que surgem de vários sectores de actividade. Os últimos dados revelam que 10.200 pedidos de intervenção da inspecção recebidos em 2005 não obtiveram resposta e transitaram para 2006.
A maioria dos pedidos de intervenção surgiu no sector da construção civil – mais de 1600. Seguiram-se os serviços e a indústria hoteleira.
A Inspecção-Geral do Trabalho dispõe de 286 inspectores, mas o quadro previsto é de 538 elementos.
A Federação Nacional dos Sindicatos da Construção Civil queixa-se que, para além da falta de resposta da inspecção, a morosidade faz com que em alguns casos as acções dos inspectores são feitas quando a obra já está concluída.
A Inspecção do Trabalho debate-se com falta de meios humanos para fiscalizar todas as empresas que têm problemas de segurança e os abusos para com os trabalhadores que são cometidos pelos patrões.
Mas, num regime democrático capitalista não se espera outra coisa, porque na realidade os organismos estatais protegem os patrões e outros parasitas mesmo que os trabalhadores tenham falta de segurança, estejam em precariedade laboral e sejam explorados até ao tutano o governo não faz nada por defende o capital e não trabalho.
Há alguns anos que vários militantes anarquistas vêm tomando iniciativas avulsas para a constituição de sindicatos revolucionários.
Já há alguns anos que existe a secção portuguesa da AIT, que procurava ser o embrião do novo sindicalismo em Portugal.
Mas, passado alguns anos esse mesmo sindicalismo continua a ser uma miragem.
Mais recentemente, vários militantes juntaram-se para constituir esse mesmo sindicalismo, mas por agora, mais uma vez ficou adiado.
A única conclusão a tirar-se é que é dificil constituir-se um sindicalismo alternativo sem um amplo apoio de todos e todas as pessoas que se interessam pela mudança da sociadade.
Ninguém nega que o sindicalismo revolucionário faz falta aos anarquistas e aos outros trabalhadores porque só assim poderemos lutar contra a opressão capitalista na empresa, fábrica, escritório ou escola e também podemos lutar por uma nova sociedade mais justa, solidária e anarquista.
Apesar de todas as diferenças que existem entre nós, entre individuos que são pela organização e os que não são pela organização de coisas simples só a UNIÃO de todos poderemos constituir alguma coisa.
Esta iniciativa conjunta da manifestação do 25 de Abril pode ser um ponto de partida, para novas realizações.
A notícia de dois fiscais da Câmara de Lisboa terem sido presos revela só a ponta do iceberg. Um fiscal da Câmara que ganha uma miséria de ordenado, talvez um pouco mais de cem contos, é facilmente manipulável pelos construtores. A polícia não deve ter mais nada para fazer do que andar atrás de dois miseráveis trabalhadores que receberam uns míseros euros, para os construtores terem a parte de leão. A grande corrupção não é investigada, por que esses têm gente servil no aparelho do estado que os protegem, e só quando as coisas chegam a proporções alarmantes, que já não dá para esconder é que a polícia é obrigada a investigar, mas até lá, as coisas correm sobre rodas, estão todos na maior, almoçam, jantam, compram vivendas, carros etc.
As ideias fascistas do Pnr fazem parte do programa de governo do P"S". O PNr nem precisa de estar no governo o pS têm dado conta do recado. A última das medidas do governo é mandar para o desemprego encapotado, milhares de funcionários públicos. Aparte disso este governo do Ps tem feito o resto, fecho de empresas, maternidades, escolas, repressão policial, hospitais,milhares de emigrantes no desemprego,
Se os emigrantes fossem inteligentes nunca poriam os pés em Portugal, porque nem os portugueses são bem tratados quanto mais os emigrantes etc. O prn devia sentir-se orgulhoso de ter um governo assim, tão descarado e tão servil aos interesses do capitalismo internacional e oas ditames de Bush.
A política do governo/PS está a dar os primeiros resultados negativos. Os primeiros trabalhadores a receber as férias sem retorno são os trabalhadores do Ministério da Agricultura. Os trabalhadores agora só têm de se unir com os trabalhadores de outros ministérios, porque os próximos vão ser eles e ninguêm sabe quem vai ficar nessa lista negra e a solidariedade pode contar muito para impedir que o governo leve avante estes despedimentos encapotados. Se há muita gente no Estado deve-se ao facto, de sempre que entra um novo governo entram milhares de novos assessores para os gabinetes sem concurso sem nada, só porque têm cartão partidário. Se contarmos os governos que já passaram perdemos a conta ao número de novos funcionários que entraram. A avaliar pelo têm feito os sindicatos que se ficam pelos recursos aos tribunais e providências cautelares, e greves de quando em quando, para ver no que dá. Os sindicatos já podiam ter marcado uma greve no Ministério da Agricultura há muito tempo, antes da saída da lista, porque agora é muito mais difícil pôr os funcionários do MA a fazer greve, se não estão na lista, porque na função pública existe muito egoismo e sacanisse entre muitos funcionários como é próprio do Estado.