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O governo aprovou em conselho de ministros que a compensação por cessação de contrato de trabalho baixa de 30 para 20 dias de salário base por ano de trabalho.
Este governo continua a seguir o mesmo percurso do anterior a mando da troika.
Os trabalhadores como sempre vão sofre as passas do Algarve com mais cortes agora na indemnização por despedimento.
Quem esfrega as mãos de contentes são os patrões que vêem assim sabir o seu pecúlio, embora a crise também atinja eles, por que as pessoas não compram e muitas lojas e empresas tem de fechar por falta de clientes.
A solução para estes estado de coisas é criar-se uma nova forma de subsistência baseada na solidariedade entre consumidores e o cooperativismo e a autogestão são a base dessa nova economia.
Com o enorme desemprego que grassa pelo país com fábricas e empresas a fechar quase todos os dias a "única" solução para muitos trabalhadores é engrossar as fileiras da polícia e da GNR ou do Exército.
De trabalhadores ou estudantes desempregados e explorados passam para a categoria de repressão.
O governo diz por cada cinco funcionários públicos reformados só entra a um, mas pelos vistos para a os órgãos de repressão já não há crise.
O governo sabe que para manter o status quo de exploração, desemprego, corrupção, capital e negócios sujos tem de manter o seu aparelho repressivo pronto a funcionar e para defender as costas aos políticos que nos governam.
Também é de ficar abismado como é um homem pode explorar outro homem e ainda tem outro homem que o defenda o que degenera a ordem natural das coisas.
Por causa da legalização da Escola da Fontinha no Porto tem havido no Indymédia alguma celeuma sobre se não é pactuar com o sistema a legalização e intervenção ainda que temporária da escola.
Para muitos companheiros faz-lhes confusão haver legalização duma escola ou dum sindicato.
Para lutar contra o capital e por nova sociedade se for necessário acho que se deve fazer isso e muito mais para podermos actuar.
Por causa disso é que em Portugal não temos nada, andamos ao deus dará.
Esperamos que o próximo passo seja a a fundação dum sindicato revolucionário e a sua legalização perante o Estado, por que a partir daí eles vão ter que nos ouvir.
Já em tempos tentou-se legalizar um sindicato ao nível da AIT e por erros e omissões não se conseguiu.
Depois foi acinterpro também não deu.
Há terceira é de vez.
A UNIÃO FAZ a FORÇA
Vamos a isto.
Cerca de 30 camiões da empresa de transportes TNC, situada em Alverca, interromperam o trânsito na 2ª Circular, em Lisboa, para protestarem contra o encerramento da empresa.
Os trabalhadores tentavam chegar a S. Bento, para expor aos deputados o problema, mas foram barrados pela polícia, como sempre ao lado do sistema que gera o desemprego.
Em causa estão cerca de 130 trabalhadores que podem engrossar o desemprego.
Esta empresa tem mais de 50 anos de serviço e estão em jogo milhares de contos em prejuizos se a mesma encerrar.
Impressiona a leitura do artigo do Correio da Manhã sobre a quantidade de políticos, ex-políticos, filhos e parentes que estão hoje alojados nos quadros da PT-Portugal Telecom. Um autêntico viveiro !!!
E faz ainda mais impressão pensar que a amostra é apenas o resultado de uma investigação superficial; mais se aprofundasse, e muito mais se encontraria.
E o pior é se nos lembrarmos que esta não é a única bolsa de empregos da nomenklatura do regime; fosse feito o mesmo exercício na CGD e noutras prateleiras douradas, e o resultado seria estarrecedor.
Não obstante esta relativização, veja-se o que o jornal encontrou na breve busca.
Fazem parte dos QUADROS da PT os filhos/as de:
- Teixeira dos Santos.
- António Guterres.
- Jorge Sampaio.
- Marcelo Rebelo de Sousa.
- Edite Estrela.
- Jorge Jardim Gonçalves.
- Otelo Saraiva de Carvalho.
- Irmão de Pedro Santana Lopes.
Estão também nos quadros da empresa, ou da subsidiária TMN:
- João de Deus Pinheiro.
- Briosa e Gala.
- Jaime Gama.
- José Lamego.
- Luis Todo Bom.
- Álvaro Amaro.
- Manuel Frexes.
- Isabel Damasceno.
Para efeitos de "pareceres jurídicos" a PT recorre habitualmente aos serviços de:
- Freitas do Amaral.
- Vasco Vieira de Almeida.
- Galvão Telles.
Assim não há lugar para os colegas da faculdade destes meninos, que terminaram os cursos com média superior e muitos estão ou aguardar o primeiro emprego, ou no desemprego, ou a trabalhar numa área diferente da da sua licenciatura.
É ou não uma PERFEITA DEMONSTRAÇÃO DA
SOCIEDADE DO CUNHACIMENTO ?
Onde tudo, mas mesmo tudo, é possível...
Reencaminhem, p.f., ao maior nº de contactos possível!
É imperioso e urgente que o nº máximo possível de Portugueses tomem conhecimento destas vergonhas!!!
Verdadeiro crime social!!! (entre muitos outros).
Folha salarial da Fundação Cidade de Guimarães
Folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos administradores e de outros figurões, da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura 2012:
- Cristina Azevedo - Presidente do Conselho de Administração:
14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião
- Carla Morais - Administradora Executiva
12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
- João B. Serra - Administrador Executivo
12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
- Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo
2.000 € mensais + 300 € por reunião
Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €.
Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano, em salários. Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros !!!
Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM !
Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave,onde o desemprego ronda os 15 % !!!
Alguem acredita em leis anti-corrupção feitas por corruptos?
[De 9 a 12 agosto de 2012 será realizado em St. Imier, nas montanhas do Jura suíço, um encontro internacional entre várias vertentes libertárias, interessante a todo/as aquele/as que desejam conhecer ou saber mais sobre os diferentes movimentos anarquistas no mundo.]
Este "Mundial do Anarquismo" é na verdade uma comemoração referente à primeira Internacional Antiautoritária, que foi organizada em 1872 em resposta à Internacional Marxista. Assim como o mundo, que mudou um pouco (pelo menos em alguns aspectos), as correntes libertárias também têm evoluído ao longo do tempo e este encontro será representativo disso. Uma coisa é certa: o tempo não diminuiu a opressão dos poderosos frente aos mais fracos. Esta jornada internacional apresentará distintos meios de resistência, de diversas formas.
A Federação do Jura:
A Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) foi fundada em 1864. De pronto, outras seções foram criadas - em La Chaux-De-Fonds, Le Locle, St. Imier, e no resto do Jura suíço. Muito/as trabalhadore/as que aderiram eram trabalhadore/as em suas próprias casas. Então tinham amor pela leitura, pela independência. Quando Bakunin vai à região em 1869, a visita é impactante. A convergência de idéias que eles descobrem irá tornar a Federação do Jura o pólo libertário da AIT, que se opôs à ala marxista. Enfurecido por essa oposição, Marx fez todo o possível para eliminar esta corrente e, em 1872, ele acreditava mesmo estar conseguindo. No Congresso de Haia, Marx providenciou um grande número de delegados afeitos a ele, dos quais boa parte eram representantes de seções inexistentes. Graças à essa maioria fictícia conseguiu que se votasse a exclusão permanente de Bakunin e James Guillaume (por pouco também Adhemar Schwitzguebel e todo/as delegado/as do Jura). Escandalizadas, as seções de tendência antiautoritária da AIT, notadamente Espanha, Itália, França, Bélgica, Estados Unidos, organizaram um Congresso em St. Imier, onde foram tiradas resoluções claramente libertárias. A AIT antiautoritária sobreviveria ao impacto marxista até o final do século.
140 anos após o Congresso de St. Imier, a exploração e a alienação do/as trabalhadore/as são ainda brutais. A ilusão marxista foi dissipada em vista às ditaduras comunistas dela decorrentes. O capitalismo vive de crise em crise - crise social, crise política, às quais se anexa a atual crise ecológica.
E o movimento anarquista?
Esses encontros internacionais, em agosto de 2012, serão uma oportunidade para realizar um balanço histórico do movimento anarquista, suas idéias, suas realizações, suas esperanças, suas derrotas; o que resta a ele hoje; os combates que são seus e aqueles que partilham com outro/as: antimilitarismo, antiracismo, antisexismo, autogestão, desaceleração econômica, educação, feminismo, internacionalismo, a não-violência, etc.
Uma série de workshops e eventos já estão previstos: palestras sobre história, conferências temáticas, teatro, concertos, exposições, filmes, feiras de livros, rádio, camping libertário, feira autogestionária e/ou de produtos orgânicos, oficinas, restaurações, etc.
Este evento internacional será público e se faz aberto a todo o movimento anarquista internacional, mas também a toda a população, sem discriminação. Zonas francas e preço livre serão promovidos para permitir que cada pessoa possa participar.
A comissão organizadora se reserva o direito de impedir a entrada deste ou daquele participante. As decisões serão tomadas com base nas idéias e práticas que nos são próprias e que são aquelas da Internacional Antiautoritária. A expressão e a manifestação de racismo, sexismo, xenofobia, homofobia e todas as formas de violência e discriminação não serão toleradas.
Com base no que foi dito, qualquer pessoa, estrutura ou organização pode pedir para aderir a esta iniciativa e sugerir locais para exposições, debates, palestras, performances, palestrantes, oficinas, etc. Estamos também à procura de voluntário/as!
Comissão Organizadora do Encontro Internacional do Anarquismo em St. Imier - 2012
Contato com o Comitê Organizador:
Mais infos:
› http://www.anarchisme2012.ch
Tradução > Tio TAZ
agência de notícias anarquistas-ana