As eleições autárquicas e as 40 horas
Estas eleições autárquicas foram marcadas pela abstenção, voto nulo e branco.
Sabemos que a maioria dos abstencionistas não é consciente e só não vota por inércia, por estar descontente com o actual quadro partidário, mas não procura uma alternativa autogestionária e anarquista onde se poderia integrar.
Partidos do poder autárquico (PS/PSD/CDS/CDU/BE) sofreram um revés em matéria de votos.
Em matéria de câmaras o PS foi o vencedor com mais camaras, e o PSD o perdedor, CDU/PCP e o CDS aumentaram o número embora a CDU tenha ganho Beja e Évora e Loures ao PS e ter perdido para o PS algumas.
PS também perdeu Matosinhos, Guarda, embora tenha ganho Vila Real ao PSD.
O PSD perdeu Gaia e o Porto para o PS e "independentes".
Jardim na Madeira perdeu 7 câmaras para um homem que não vai aderir às 40 horas para o trabalhadores do Estado é injusto.
Os partidos que ganharam o que é que vão fazer, de certeza que não vão seguir Jardim.
Só Jardim é que disse que nâo ás 40 horas, mas nenhum presidente de camara CDU/PSD/CDS foi capaz de o dizer.
Costa também ganhou Lisboa com mais de 50% dos votos, também nada disse sobre as 40 horas na sua câmara.
Os partidos de esquerda PS/PCP são contra as 40 horas, mas vão ser os primeiros a implantar as 40 horas nas sua câmara.
No fundo nada vai mudar o governo diz que a austeridade é para manter e os trabalhadores deste país vão continuar a sofrer e a trabalhar as 40 horas.
É bem provável que Costa seja um falso candidato à Camara à de Lisboa, por que pode estar na mira sair a meio do mandato, ou para Belém ou para B. Bento conforme as coisas correrem.
As presidências de Câmara servem de trampolim para novos voos, foi assim com Sampaio.