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LIBERDADE E BEM ESTAR

LIBERDADE E BEM ESTAR

COMUNICADO DA ANTIGA CGT SOBRE O 1º MAIO

30.04.14, uon

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Este manifesto da Confederação Geral do Trabalho, possivelmente de 1931, quando o regime fascista através de homens de mão pretendeu substituir o 1º de maio, dia de luta dos trabalhadores, por um dia de “glorificação do Trabalhador”, é um exemplo da combatividade da antiga Central Sindical anarco-sindicalista. Mesmo em regime de ditadura, sob o fascismo, na ilegalidade, a C.G.T. era uma voz forte, sem “paninhos quentes” na defesa dos trabalhadores. Uma voz que hoje, com um sindicalismo anémico, partidodependente, inconsequente e sem chama, fazia toda a falta e todo o sentido para conseguirmos inverter as cedências, os cortes, as derrotas a que temos estado sujeitos em Portugal nos últimos anos.

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A “Glorificação” do Trabalhador

Uma das farsas mais ignóbeis e hipócritas até hoje representadas pelos opressores e exploradores do povo

Das alfurjas reaccionárias do capitalismo espoliador, servidas pelos molossos e rafeiros duma imprensa imunda, surgiu a peregrina ideia da “Glorificação” do Trabalhador, espécie de mea culpa hipócrita de todos os bandidos que vivem à custa do esforço e miséria do proletariado.

Como os devotos, que depois duma existência de baixas infâmias e dos piores crimes, procuram iludir as aparências, doando à Igreja uma parte das suas rapinices, e que ela aceita gulosamente, absolvendo os repugnantes doadores, os inventores da já célebre “Glorificação” do Trabalhador, procuram lançar poeira aos olhos dos que trabalham, depois de terem exercido sobre eles uma exploração criminosa e despótica.

As forças vivas de braço dado com os altos dignatários da Igreja e do Estado, acolitados pela imprensa mercantilista, todos cúmplices na espoliação e tirania existentes, vão, sem dúvida, colocar no peito de alguns desgraçados velhos, de mistura com umas repugnantes migalhas, condecorações glorificadoras da miséria e do sofrimento que os têm torturado durante toda a sua vida.

 

Que revoltante sarcasmo! E haverá vítimas que se prestem a servir de comparsas em tão nojenta farsa?

Sem dúvida. A decadência moral a que desceu uma parte da sociedade portuguesa, permite que apareçam miseráveis que se prestem a desempenhar um tão triste papel.

Botelho Moniz, um dos lacaios mais servis e bajuladores dos nossos ditadores – arlequins, e talvez o seu melhor moço de fretes, foi pelos seus donos encarregado de apresentar e defender no imundo pasquim que tem dirigido, a malévola e absurda ideia do dia da “Glorificação” do Trabalhador. Chamamos-lhe malévola, porque detrás dela se esconde simplesmente a criminosa pretensão fascista de acabar de vez com a comemoração do 1º de Maio, – a data evocadora de todas as lutas dolorosas e sangrentas que o proletariado tem sido obrigado a sustentar através dos tempos contra os seus opressores e exploradores, a fim de conquistar umas parcas regalias, a todo o momento desrespeitadas e calcadas aos pés pelos bandoleiros detentores do poder e da riqueza. Mas além de malévola é absurda a ideia de se querer chamar a um dia destinado a qualquer palhaçada teatral promovida pela própria classe capitalista: “o  dia da glorificação do trabalhador”, pois que este só poderá ser glorificado, quando sejam eliminadas todas as castas parasitárias que instaladas no dorso dos trabalhadores os sugam até à última gota de sangue.

Para que o trabalhador veja quão repugnante é toda esta farsa basta reparar que entre os tartufos que compõem a Comissão de tal festa, se encontram: o Cardeal Patriarca; delegados da Associação Industrial;  da Associação de Agricultura; dos jornais “O Século” e “Diário de Notícias” etc, etc., isto é, os piores inimigos do povo.

O Cardeal Patriarca, representando a Igreja Católica, – a mais negregada seita, que com artes e manhas procura manter submissas as massas produtoras perante os abusos e extorsões dos grandes potentados, prometendo-lhes no outro mundo a felicidade que o clero e demais castas parasitárias gozam cá neste, – marca só por si a nota de “sinceridade” de toda esta palhaçada.

Mas não são menos hipócritas e repugnantes do que o Cardeal, os delegados da Associação Industrial e da Agricultura, os primeiros representando a classe que mais responsabilidades tem na situação miserável em que presentemente se encontra o operariado, pelo encerramento constante de fábricas e oficinas sobre vários pretextos, mas sobretudo com o propósito de obrigar pela fome a sujeitar-se a todas as suas explorações e prepotências; os segundos representando essa classe odiosa que conserva inculta uma grande parte do país, só porque vê que do seu cultivo não tiraria lucros fabulosos, quando existem milhares de chefes de família que morrem de fome por não terem onde ocuparem os seus braços.

Quanto aos representantes dos asquerosos jornais “O Século” e “Diário de Notícias”, não estão também deslocados nesta farsa, junto dos outros biltres, pois que o “amor” que o aventureiro Pereira da Rosa e os bandidos da moagem nutrem pelos trabalhadores, não é inferior ao dos restantes bandalhos da Comissão, como demonstra o elogio constante que nas suas colunas inserem do bandido Mussolini e a defesa acérrima das odiosas medidas repressivas que na Itália tem ele posto em prática contra a classe trabalhadora.

Um e outro nos seus editoriais atacam sistematicamente e com um cuidado especial tudo quanto possa representar de facto uma melhoria para a situação angustiosa das massas exploradas, e não nenhuma medida afrontosa ou deprimente para o proletariado que não tenha sido inspirada por eles ou merecido o seu aplauso.

Citemos ainda nesta galeria de criminosos a figura burlesca do actual Director do Instituto Superior Técnico, Dr. Duarte José Pacheco, que não fazendo parte da Comissão de Honra desta “glorificadora” palhaçada, não teve o mínimo rebuço de, há poucos dias, despedir, atirando para a miséria …… (texto ilegível).

Para que o proletariado ficasse suficientemente elucidado dos objectivos que ditaram a preparação da chuchadeira da “Glorificação” do Trabalhador, bastaria citar o nome das sinistras personagens acima apontadas; no entanto é bom não esquecer que a ideia apresentada pelo “moço de fretes” Botelho Moniz, também mereceu o aplauso das autoridades militares, cujas manifestações de ódio torvo contra a classe trabalhadora são sobejamente conhecidas.

A farsada da “Glorificação” do Trabalhador, era realmente o que faltava para coroar uma situação de violência e jesuitismo, como nunca existiu em Portugal.

“Glorificação” do Trabalhador, quando por esse país fora o número de operários e empregados sem trabalho aumenta de dia para dia, tudo devido à boa organização capitalista, que para subsistir tem que lançar na fome desesperadora milhares de trabalhadores, chefes de família na sua grande maioria!

“Glorificação” do Trabalhador, quando são negados, aos que trabalham, os verdadeiros direitos e garantias de defesa contra o patronato que os rouba sem piedade!

“Glorificação” do Trabalhador, quando as organizações e imprensa operárias ou foram selvaticamente destruídas, ou estão sujeitas às mais draconianas medidas repressivas!

“Glorificação” do Trabalhador, quando as prisões vão, dia a dia, enchendo-se de trabalhadores inocentes, simplesmente por serem sindicalistas, anarquistas e comunistas, isto é: defensores da emancipação do proletariado!

“Glorificação” do Trabalhador, quando dezenas de trabalhadores injustamente deportados para a Africa, arrastam, lá longe, uma existência cruel de miséria e sofrimentos!

“Glorificação” do Trabalhador, quando as mulheres e os filhinhos desses trabalhadores, sofrem fome e correm graves riscos, porque a tirania reinante, louca e estupidamente má, lhes arrancou violentamente dos braços seus maridos e seus pais!

Não, o que se pretende glorificar é a vitória dos algozes do proletariado, que se riem satanicamente da sua criminosa obra!

Para que as classes produtoras não possam organizar com facilidade qualquer movimento de resistência contra esta e outras acções maléficas, dentro das suas organizações de classe, foi dissolvida oficialmente a C.G.T. e têm sido encerrados numerosos sindicatos por todo o país o que aliás não impede a continuação do seu funcionamento ilegal.

Mas além de perseguidores, esses tiranetes ainda têm descido ao baixo mister de salteadores.

De madrugada foram ao edifício onde se achavam instaladas a Construção Civil e o jornal “A Batalha”, o mesmo sucedendo ao Partido Comunista e “Socorro Vermelho”, e numa fúria epiléptica tudo destruíram só tendo escapado aquele mobiliário que foi “distribuído graciosamente” pelas casas de alguns agentes de polícia.

Máquinas de escrever, livros, material tipográfico, etc., tudo no valor de alguns milhares de escudos, amealhados a pouco e pouco, à custa de grandes sacrifícios, pelos trabalhadores – foram em poucos momentos destruídos pelos mastins ao serviço da ditadura militar.

E como se tudo isto não bastasse, são ainda estes ditadores sem escrúpulos que propagam com a maior actividade a organização de grupos de caceteiros para violentamente fazerem cumprir todas as suas caprichosas ordens; estas feras fardadas cuja palavra de ordem é simplesmente constituída pela prática da violência elevada à máxima expressão, que pretendem consagrar os que trabalham!!!

Idiotas e maus; cínicos e canalhas.

Então estes patifes que não trabalham, que nunca souberam o que é produzir, querem glorificar o trabalho dos outros? Se o quisessem de facto fazer não tinham mais nada a pôr em prática do que se eliminarem como classe, renunciando à vida parasitária que levam. Mas isto, jamais o farão, porque é precisamente para que os trabalhadores não os sacudam e os atirem violentamente ao chão que eles os pretendem embalar com músicas, festas e prémios a ver se os ludibriam com estas imposturices.

Hipócritas! O proletariado sabe bem que o dia da sua glorificação será aquele em que, bem unido, instaure uma sociedade proletária que, esmagando para sempre todas as castas parasitárias, dê ao trabalho a grandeza do seu esplendor e faça justiça ao labor fecundo dos que trabalham.

Fascistas miseráveis!

Não é tempo de reparardes na repulsa a que vos vota a classe trabalhadora?

Para que não vos conservais todo o tempo nas impúdicas alcovas aonde vos entregais a repugnantes práticas e vindes escarnecer da miséria dum povo e do próprio país que se, é certo, encerrar no seu seio milhares de miseráveis, encerra também uma maioria esmagadora de límpidas consciências?

Trabalhador que amas a liberdade e a tua organização de classe, não te prestes a servir de joguete nas mãos dos lacaios nem nas dos empresários da “Glorificação” do Trabalhador, que só representa uma manifestação do aplauso à passividade carneiril dos que se deixam explorar……. (texto ilegível) arrastar a figurarem nessa vergonhosa mascarada que é a Glorificação da vitória do capitalismo contra a classe trabalhadora.

A Confederação Geral do Trabalho

Sem data/possivelmente de 1931 (ortografia actualizada)

http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=4373431

Temos um Estado podre de rico e um povo a caminho da míseria.

30.04.14, uon

O IMI é o imposto que incide sobre o valor patrimonial tributário dos imóveis e é pago numa prestação única se o valor a pagar for igual ou inferior a 250 euros.

Num momento em que tudo baixa para o lado de quem trabalha, desde salários com os cortes e os subsídios, mas também os direitos de quem labora nas empresas.

Para ao lado de quem programa está situações :impostos, taxas moderadoras, transportes, etc tudo sobe.

Está na altura do governo baixar o atráss citado.

Já temos um banca podre de rica e agora corremos o risco de termos um Estado podre de rico e o povo na miséria.

Anarquistas turcos desafiam governo com o 1º Maio proibido

30.04.14, uon

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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que não autorizará manifestações do Primeiro de Maio na praça Taksim, em Istambul, onde durante meses decorreram protestos contra o Governo.

“Aqueles que insistirem em celebrar o dia [na praça Taksim] estarão a dizer: ‘Estou pronto para confrontos’”, disse Erdogan, recentemente numa coletiva de imprensa.

“Desistam das vossas esperanças em Taksim. Não se envolvam numa luta com o Estado. Não perturbem a paz do nosso povo. O nosso povo não quer ver ruas onde prevaleçam as pedras e os cocktails molotov”, acrescentou.

Contudo, grupos anarquistas e de esquerda prometeram ignorar a proibição. Nos últimos dias, diversos agrupamentos anarquistas intensificaram nas ruas de Istambul a chamada para um Primeiro de Maio libertário, anticapitalista e antiautoritário na emblemática praça Taksim.

Em maio do ano passado, uma decisão no mesmo sentido das autoridades turcas motivou confrontos violentos entre a polícia e manifestantes, a que se seguiu uma onda de protestos antigovernamentais.

 

agência de notícias anarquistas-ana

1º MAIO IWW GRÉCIA

30.04.14, uon

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1º de maio: A classe trabalhadora e a patronal não têm nada em comum

Por um sindicalismo de todos os trabalhadores, forte e sem chefes

[Texto publicado na página da web da seção grega dos Trabalhadores Industriais do Mundo (IWW, sua sigla em inglês), em razão das mobilizações trabalhadoras do 1º de maio de 2014.]

“…Trabalhadores vermelhos, brancos, amarelos, negros, venham, levantem a cabeça, atirem ao chão suas ferramentas. Os patrões que vão ao diabo. Ao diabo a sirena da fábrica. Este é o dia dos trabalhadores, nosso dia. Adiante…” (Da canção da jornada de oito horas).

Passaram 128 anos desde o 1º de maio em Chicago e 109 anos desde a fundação dos Trabalhadores Industriais do Mundo como consequência daqueles acontecimentos, e a história retrocede de novo ao começo: As condições de trabalho flexíveis, aos trabalhadores precários, ao trabalho negro e não remunerado. A conquista da jornada de trabalho de oito horas foi abolida na prática, com o consentimento dos chefes do movimento “sindical” institucionalizado, nutrido pelo Estado e altamente beneficiado pelo Regime (é um sindicalismo) de uns “sindicalistas” que, depois de haver esmagado todas as lutas, as convertem de lutas de classe em lutas por ramo (setoriais), e depois de haver convertido a greve, de arma contra o capitalismo em uma festinha relaxada, agora voltam para chorar sobre o cadáver de quem eles mataram.

A questão de classe e trabalhadora, contudo, é e continua sendo diacrônica:

“… A classe trabalhadora e a classe dos patrões não têm nada em comum. Não pode haver paz enquanto a fome e a indigência afetam a milhões de trabalhadores, e os poucos que compõem a classe patronal possuem todos os bens da vida. Entre essas duas classes tem que haver uma luta, até que os trabalhadores do mundo se organizem como classe, ocupem a terra e os meios de produção, e eliminem o sistema salarial.

Consideramos que a concentração da administração (gestão) das indústrias em cada vez menos mãos, elimina a possibilidade dos sindicatos de fazer frente ao poder cada vez maior da classe patronal. Os sindicatos de hoje favorecem uma situação na qual um grupo de trabalhadores se enfrenta com outro grupo no mesmo setor, assim um trabalhador acaba com o outro na luta por salário. Por outro lado, os sindicatos de hoje ajudam a classe patronal a criar entre os trabalhadores a ilusão falsa de que têm interesses comuns com seus empregadores.

Estas condições podem mudar os interesses da classe trabalhadora, assim que ela conte só com uma organização estruturada, de tal maneira que os membros de uma indústria, ou de qualquer indústria, de ser possível, deixem de trabalhar quando se convoca uma greve ou uma abstenção do trabalho em qualquer setor seu, realizando a solidariedade entre os trabalhadores e o lema “a injustiça contra um é uma injustiça contra todos”. Em vez do lema conservador “salário decente por jornada decente”, temos que pintar em nossa bandeira a bandeira revolucionária: “abolição do sistema de escravidão assalariada”.

A missão histórica da classe trabalhadora é destruir o capitalismo. A multidão da produção deve organizar-se, não só para a luta diária com os capitalistas, senão para continuar a produção quando o capitalismo tenha sido derrotado. Quando nos organizamos nas indústrias, formamos a estrutura da nova sociedade dentro da casca da velha…”

(Introdução do Estatuto dos Trabalhadores Industriais do Mundo – IWW).

Por muito que tratem de convencer-nos do fim da história, do fim do trabalho e de outras invenções ideológicas sobre o fim do mundo e de nossos bens, nós como trabalhadores, devemos dar uma resposta, pondo fim a seu mundo: O da insegurança, da fome, da repressão, do racismo, da xenofobia e do fascismo. Neste contexto, participamos nas mobilizações dos sindicatos de base locais, por um sindicalismo forte e sem chefes, por um sindicalismo de todos os trabalhadores e não dos chefes sindicais.

Trabalhadores Industriais do Mundo (IWW), Seção Grega

O texto em grego:

http://iww.org.gr/?p=719

O texto em castelhano:

http://verba-volant.info/es/hasta-ahora-no-somos-nada-a-partir-de-ahora-seremos-todo/#more-8042

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

Os anarquistas não desejam lugares no parlamento,

29.04.14, uon

Enquanto os festivos políticos e seus convidados pronunciavam discursos de auto-elogio e louvor à revolução dos cravos, em mais uma sessão de farsa e propaganda enganosa, cá fora, convenientemente afastados pelas forças policiais, os Nacionalistas, em três esquinas do complexo cruzamento, entoavam palavras de ordem contra o embuste do 25 de Abril e dos seus “feitos”.(pnr)

 

Pois é estes estão cá fora, mas estão ansiosos por arranjar um "lugarzinho" lá dentro para fazer os os mesmos discursos, que os que estão lá dentro fazem, o que não deixa de ser surpreendente.

Em contrapartida (nós) os anarquistas não desejam lugares no parlamento, nem dinheiro do Estado que nos oprime por que o nosso parlamento é cá fora e todos somos "deputados".

Os trabalhadores não tem pátria

29.04.14, uon

As sanções juntam-se às anunciadas pelos EUA na segunda-feira e levaram Moscovo a queixar-se de estar a ser vítima de uma "cortina de ferro".

Os acontecimentos no leste da Ucrânia orquestrados pelos separatistas pró-russos estão a ser objecto de sanções económicas e politicas por parte dos países do Ocidente.

O oidente está a fechar as portas à Russia deixando este país a beira de um novo muro económico capitaneado pela CEE/USA.

Uma coisa é certa se os cidadãos do leste da Ucrânia não querem fazer parte desse país, por mais sanções económicas e politicas que se empreendam não devolverão as ideias dos seus próprios cidadãos.

Um território estar num lado ou noutro não interessa nada.

O problema é saber se as pessoas/trabalhadores são bem tratadas nesse país pelos seus governantes, o que parece não ser o caso seja na Rússia ou na Ucrânia ou na CEE/USA.

Mas isso a luta de classes é determinante para sua resolução.

O teu voto pode conduzir a uma ditadura

28.04.14, uon

O Tribunal Penal de Minia, no Cairo, condenou à morte 529 simpatizantes do antigo Presidente egípcio, Mohamed Morsi, deposto pelo exército no Verão passado. As acusações incluem violência, incitamento ao homicídio, assalto a uma esquadra de polícia e ataques a pessoas e propriedade privada.
O Egipto sai de uma ditadura islâmica apoiada pelo voto popular para uma ditadura militar.
O que quer dizer que nada melhora, antes pelo contrário.

Os militares no poder querem agora fazer justiça pela sua próprias mãos ao condenar à morte 529 simpatizantes do antigo regime.

O que não deixa de ser surpreendente.

Nunca em nenhum país se condenou a morte tantas pessoas a não ser numa guerra civil ou entre países.

Como é obvio é de lamentar este morticínio no Egipto.

Também é surpreendente que o voto popular conduza a ditadura.

Em Portugal, também voto popular pode conduzir (conduziu) a uma ditadura económica e social repressiva a que fomos votados pelos votadores.

Por isso para que o voto não conduza a nossa própria prisão e à cumplicidade com o sistema o melhor voto é não fazer parte dos votadores militantes.

 

 

 

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