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LIBERDADE E BEM ESTAR

LIBERDADE E BEM ESTAR

Copa Brasil:O regresso da ditadura militar

24.06.14, uon

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Cassilda Pascoal (*)

Se o pontapé de saída do mundial de futebol foi dado no passado dia 12, outros pontapés são dados há décadas: os da polícia militar brasileira.

A polícia militar (PM) é o maior resquício da ditadura militar no Brasil, instaurada há precisamente 50 anos tendo durado até 1985. A PM, como o nome indica, é preparada para o militarismo, não para o serviço de segurança pública, não para proteger as populações mas sim para aterrorizar e reprimir em prol de interesses das classes dominantes nacionais e internacionais. Assim permanece.

Com a aproximação da Copa do Mundo, e o ataque à dignidade e democracia do povo brasileiro que ela representa, como a higienização (não do lixo – esse continua bem presente – mas o “desaparecimento de pessoas sem-abrigo) ou o branqueamento (não material mas racial) das ruas, ou a crescente exploração sexual de mulheres, adolescente e crianças, há um ano assistimos à insurgência popular massiva, que ocupou as ruas em atos de resistência, escrevendo a história do país, no que ficou conhecido como as Jornadas de Junho. Essas jornadas de luta populares (que a direita tentou tirar proveito e capitalizar para ti, felizmente sem grande sucesso) dão visibilidade a uma nova geração revolucionária, dotada de massa crítica, e à crescente consciência social e política popular que se vive, capaz para articular convergências entre vários grupos sociais, desde moradores de rua a sindicatos de trabalhadores.

Diante dos avultados milhões investidos na realização da Copa, das regalias concedidas à FIFA, que por exemplo se tornou dona de palavras como “pagode” ou de territórios privando as pessoas de usufruírem deles livremente, as pautas de luta popular são simples e legitimas: reduzir a desigualdade social (que vai muito para além da económica) – uma das imagens de marca do Brasil -, exigindo o acesso democrático aos serviços públicos, direito à saúde, aos transportes, à educação, à habitação, nos mesmo padrões e condições que o governo brasileiro disponibilizou à FIFA.

O povo está na rua por justiça social, lamentavelmente sem grande atenção por parte da média internacional, o que tem facilitado receberem nada mais do que violência policial. A mesma violência, da mesma fonte que outrora, ironicamente, recebeu a atual presidente do país, Dilma Rousseff.

Desenganem-se aqueles que pensam que a repressão policial é algo semelhante à que vimos em Portugal durante os protestos dos últimos anos, como a cargas e detenções em frente à Assembleia da República ou Cais de Sodré no 24 de Novembro.

Hoje no Brasil, a mando dos governos e enquanto o mundo está distraído e concentrado a torcer por quem usufrui de toda a desgraça que vem sendo imposta ao povo, a policia militar reforça o clima de terror diário. São comunidades desalojadas à força das suas casas, para “embelezar” os locais; são cargas policiais nas ruas, são detenções arbitrárias sem justificações seguidas de torturas físicas e psicológicas com variados métodos de humilhação e onde a população negra e pobre é sempre o alvo mais fácil; são restrições a espaços públicos; são prisões de pessoas por distribuírem materiais informativos; são cercos a concentrações de manifestantes impedindo as pessoas de circularem, juntarem-se ou abandonarem as concentrações durante longas horas; são detenções de artistas de rua e censura a expressões artísticas, são violações da constituição justificadas por excepções legislativas como a Lei Geral da Copa durante a presença da FIFA no país, são violações ao direito de manifestação, são violações diárias de Direitos Humanos, é o silenciamento e a criminalização de quem ousa lutar.

O carácter repressivo da policia militar e a sua escola ditatorial fazem dela, se não a, uma das maiores organizações criminosas do país, que tem como base de atuação a violência gratuita contra o povo, assassinando centenas (talvez milhares) de pessoas todos os anos. Andar pelas ruas do Brasil e sentir a presença constante de homens armados com metralhadoras e carros patrulhados é violento, não dá sensação de segurança, longe disso, muito pelo contrário.

Em 2012 as Nações Unidas recomendaram a extinção da Policia Militar, condenando as suas práticas de tortura, recomendação esta rejeitada pelas entidades governamentais brasileiras sob o argumento de que, segundo Maria Nazareth Farani de Azevedo (branca e rica), embaixadora brasileira na sede da ONU em Genebra, a PM é a “responsável pela preservação da ordem pública”.

Com a aprovação e apoio dos órgãos de comunicação mainstream, é a criminosa Policia Militar que perpetua a violência no país, é a sua repressão, a que os mais distraídos chamam de “ordem pública” que gera mais e mais violência e injustiça.

Não basta dizer que o Brasil é um país violento, é preciso identificar as suas razões. Esta monstruosa herança ditatorial é uma delas, há que exigir, também por parte da comunidade internacional, a sua desmilitarização, a sua extinção pela paz e liberdade popular, “e eu vou morrer de rir, que esse dia há de vir, antes do que você pensa”.

(*) Feminista /São Miguel – Açores

Os coveiros dos falsos partidos socialistas/comunistas e camarilha

23.06.14, uon

As lutas intestinas entre Costa/Seguro pela liderança PS podem levar ao enfraquecimento e a uma possível cisão no no mesmo.

Vários partidos socialistas Grécia/França/Espanha na Europa tem sofrido um forte revês eleitoral, por o povo e os eleitores estão fartos de serem enganados por um partido que se diz socialista mas na prática não é, é mais um partido da Direita contra os trabalhadores e o povo.

Se for preciso abrir uma cova e meter lá os falsos partidos socialistas/comunistas e restante camarilha de aldrabões contem com os anarquistas.

 

 

 

Bloco e a violência de género

23.06.14, uon

Iniciativa do Bloco surge um dia depois de um homem ter degolado a mulher em Soure.

Segundo a UMAR (ex.União das Mulheres Antifascistas e Revolucionárias) só no primeiro semestre de 2014 foram mortas 20 mulheres, num quadro de violência doméstica.

Atribuir sempre as culpas a um dos géneros (homens é que é irritante.

Que soluções é que o Bloco tem para estas situações?

Pena de morte para os homens/mulher? prisão dos homens/mulher? acabar com os homens/mulher?

Os cemitérios estão cheios, as prisões também e os homens/mulheres São parte da vida terrena.

Em que é que ficamos.

Num quadro de injustiça económica e social, desemprego, redução de slários é muito natural que no seio  das familias  comecem a haver problemas conjugais e de ruptura familiar.

Diz-se que "numa casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".

O Bloco devia era pedir responsabilidades ao governo que são os principais responsáveis por estas questões, mas não, faz o caminho mais fácil.

Por isso é que o Bloco está cada vez mais reduzido.

 

 

 

 

Artista processado por pendurar bandeira portuga num mastro

23.06.14, uon
Artista algarvio Menau vai a tribunal por “enforcar” a Bandeira de Portugal
 
Um artista algarvio decidiu simbolicamente enforcar a a bandeira portuguesa num mastro.
O feito foi considerado escandaloso e processado em tribunal.
É caricato que uma pessoa seja julgada por pendurar um trapo verde e vermelho num mastro.
Mas quem devia estar em tribunal é que nos  roubou, explorou, vilipendiou e violou os nossos direitos mais básicos, ou seja a classe politica (governo e mmembros dos partidos que meteram isto no caos) deste país.
Mas, isso a nossas autoridades policiais, judiciais fazem vista grossa, não vêem nada por que comem com eles.
 

1924:A luta dos corticeiros em Silves

23.06.14, uon

Eduardo Lopes

Silves, anos 30

 

Corria o já distante ano de 1924. Em luta pela melhoria das suas condições de vida, a greve dos corticeiros prolongava-se no tempo. Sem salário, começa a estar em causa a satisfação das necessidades básicas. A fome atinge as famílias operárias e a solidariedade social organiza-se espontaneamente tentando suprir as necessidades alimentares, protegendo em especial as crianças e a sua saúde. Por todo o Algarve, do Sotavento ao Barlavento, há quem se proponha receber os filhos dos corticeiros de Silves. Centenas de crianças são deslocadas e acolhidas junto de famílias solidárias, de Vila Real de Santo António a Lagos.

 Terminada a greve organizou-se o regresso das crianças e fixou-se a sua recepção num domingo, 15 dias depois de retomada a normalidade.

Por volta das oito da manhã, aguardando a chegada do comboio proveniente de Lagos, no largo da estação dos caminhos de ferro que serve Silves, a cerca de dois quilómetros da cidade, as famílias e alguns amigos aguardavam a chegada das crianças. O comboio da zona do Sotavento, onde se acolhera a maioria das crianças, só chegaria lá para o meio-dia. Resolveram descer à cidade.

Ao longo do percurso, mais gente se foi juntando. À entrada na cidade já o grupo se apresentava como um cortejo alegre e barulhento, com vivas e cantos que expressavam a alegria do reencontro das famílias e que inundavam de emoção todos os que vinham às janelas para ver o que se passava e os outros que se animavam a participar na recepção.

José dos Reis Sequeira, operário corticeiro e militante anarco-sindicalista, que viveu o acontecimento, no seu livro Relembrando e Comentando, numa edição de “A Regra do Jogo”, 1978, descreve assim os acontecimentos que se seguiram:

” Os industriais e mais senhores ricos da terra não gostaram do acontecido. Sentiram-se comprometidos por terem dado ocasião a que isto viesse a dar-se. E calcularam que à chegada do outro comboio seria pior, já porque a hora era outra e também porque o número de crianças a chegar do lado do Sotavento era muito maior. Temendo isso decidiram pedir às autoridades para impedir o cortejo. Isto é o que se supõe.

 De todas as zonas da cidade se encaminhava gente para a estação de caminho de ferro. O comboio era um pouco depois do meio-dia mas chegou um pouco atrasado.

Eu, de manhã, não tinha participado no cortejo mas agora iam chegar as minhas irmãs, não podia faltar. O largo fronteiriço à estação transbordava de gente. A recepção não é possível descrever: risos, choros de alegria, chamamentos, gritaria descontrolada e vivas de entusiasmo, tudo num ruído amalgamado e ensurdecedor.

 Depois da partida do comboio começou a marcha a caminho da cidade.

 A estrada depois de descrever uma curva corta um cerro pelo meio da encosta, em sentido longitudinal. Pela nossa direita o cerro sobe até ao cume. Pela esquerda, um muro de pouco mais de 50 cm de alto, defende a estrada da vertente, bastante declivosa, que desce até às hortas e ao rio.

 O cortejo era maciço. Em Silves, eu, nunca vi tanta gente junta. A primeira parte do percurso fez-se numa animação incontida e transbordante; mas quando a cabeça do cortejo dobrou a curva, começou-se a divisar o aparato bélico das forças da guarda republicana, distribuídas estrategicamente: infantaria à direita, na parte superior da encosta de armas aperradas, em linha de atiradores; ao fundo a cavalaria barrava a passagem na estrada. Restava-nos a vertente da esquerda, o desfiladeiro defendido pelo muro, mas possível de saltar por ser baixo.

 A notícia correu célere até à cauda. Um aviso circulou: «mulheres e crianças para a frente!» Isto, na ideia que os mercenários teriam um pouco de respeito pelos inocentes. Terrível ilusão!

A movimentação fez-se mesmo em marcha. E um silêncio temeroso e de expectativa tomou o lugar da alegria esfusiante de até então. A marcha continuou. Nisto, o comandante da força desceu à estrada e ordenou dispersão imediata. Alguém na frente objectou que não havia outro caminho e que se passaria calado. A marcha continuou, convencidos que calados, não prejudicariam ninguém. Mas o tenente sobe para junto da força e ordena fogo. A primeira descarga foi cerrada e a fuzilaria continuou um pouco desencontradamente. Ao mesmo tempo avança a cavalaria em carga brutal sem respeito pelas mulheres e crianças.

Faltam-me recursos para poder descrever o pânico causado por esta inqualificável patifaria. Foi simplesmente horrível. Os que não foram atingidos pelas balas, pelas patas dos cavalos, ou pelas espadeiradas, rolavam pela vertente da esquerda depois de saltar o muro. A confusão era enorme; gritos de dor e aflição; crianças que choravam aleijadas e perdidas da família. Os que não caíram debaixo das patas dos cavalos, caíram desequilibrados na íngreme encosta e raras foram as pessoas que não se feriram duma ou doutra maneira.

Das balas houve um morto e diversos feridos de mais ou menos gravidade que foram hospitalizados.”

José dos Reis Sequeira continua a descrever “o alvoroço e o espanto” que dominou a cidade. No dia seguinte, com o funeral da vítima marcado para muito cedo, a população assistiu de novo à barragem da guarda, impondo que o funeral se realizasse sem acompanhamento. Descreve ainda os protestos que se seguiram, as prisões que se sucederam, a saída dos presos sob fiança, a aguardar julgamento e finalmente a audiência em tribunal, com a defesa do advogado Campos Lima, do Conselho Jurídico da Confederação Geral do Trabalho (CGT), e a absolvição dos que a GNR tinha aprisionado.

António Baeta (aqui)

José dos Reis Sequeira

José Reis Sequeira, corticeiro anarco-sindicalista de Silves

QUEM SÃO OS GHIADISTAS (RENASCENÇA)

19.06.14, uon

Felipe de Bourbom toma posse

19.06.14, uon

 

 

Para a tomada de posse do Felipe de Bourbon foi montado um dispositivo com mais de sete mil agentes da polícia, entre os quais se conta equipas antimotim, de desminagem, franco-atiradores, peritos em terrorismo e especialistas em subsolo.

Por aqui se vê a diferença que há entre o "Rei" e o povo.

O "rei" precisa de segurança como medo do povo. o povo vive sem segurança com medo do rei.

Enquanto o rei vive num palácio coberto de ouro, e recebe um chorudo ordenado o povo vive em caixotes de betão com janelas e tem de trabalhar para viver mal e ser explorada pela casta nobreza.

Em pleno século XXI é vergonhoso que uns se proclamem reis numa linha sucessória.

O rei a par dos presidente da república fazem somente o papel de corta fitas e nada mais.

 

 

Patrões pressionam funcionárias a não engravidar

18.06.14, uon

Há empresas que estão a obrigar as suas funcionárias a assinar por escrito o compromisso de que não vão engravidar nos próximos cinco anos.

Isto é mais uma retrato da actuação repressiva nas empresas, em que os funcionários vivem num autêntico Tarrafal

Patrões com a crise ainda são mais subtis e tem a ajuda do governo e a sua reforma laboral com vista a terem mais lucro, que nem a mulheres poder ir engravidar.

Para os patrões a gravidez é contra o lucro da empresa, por isso tem de assinar um papel em como não vão emprenhar.

Mas se os maridos das mulheres forem como o ex.deputado do CDS José Morgado, por que para ele não havia contraceptivos era atar e pôr ao fumeiro e á primeira engravidavam logo e os patrões não vão ter trabalhadores para a produção e lá se vai o lucro.