Greve Geral Reformista
A greve geral nem foi um falhaço nem um sucesso.
O governo esforçou-se por todos os meios que a greve geral fosse um fracasso, fezendo pressões sobre os trabalhadores designadamente no Estado, através de despachos ilegais em alguns sectores.
Também através dos serviços mínimos procurou que a greve fosse combatida ao mínimo com a introdução de serviços máximos nos transportes, se bem que no Metro e na Transtejo esse serviço mínimo fosse rejeitado pelos trabalhadores.
O governo também podia ter recorrido aos seus serviços repressivos para desmobilizar a greve caso houvesse situações mais radicais como ocupações de empresas, etc.
Ninguém esperava que o comércio e serviços fechasse porque a situação é muito difícil para os trabalhadores.
Nos sectores operários e mais explorados houve greve porque estes trabalhadores são muito mais conscientes do que qualquer outros, apesar de haver muita manipulação dos sindicatos reformistas, que esta greve não era contra o governo, mas para Sócrates mudar de política-segundo palavras de Carvalho da Silva.
Esta greve foi profundamente reformista não visava fazer cair o governo e criar condições para melhorar a vida dos trabalhadores.
Esta greve teria tido sucesso se os trabalhadores não estivessem debaixo das amarras dos reformistas da CGTP/PCP/BE e viessem para a rua manifestarem-se com grandes manifestações de operários e trabalhadores explorados e quisessem mudar este regime autoritário.