Aborto:A Luta continua
Mais de metade da população portuguesa preferiu ignorar as eleições referendárias da Interrupção Voluntária da Gravidez.
Cerca de 55 por cento dos eleitores absteve-se. O SIM com cerca de 60 por cento dos votos entrados na urna ganhou, enquanto que o NÃO obteve cerca 40 por cento dos votos.
Numa análise mais deatalhada mais de metade do país votou no SIM , Algarve, Alentejo, Setúbal, Lisboa, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Coimbra o enclave do Porto.
O Não ganhou em distritos como Viseu, Guarda, Bragança, Aveiro, Viana do Castelo, Vila Real e Braga e nas Regiões da Madeira e Açores.
Tradicionalmente o Sim ganha nos distritos mais desenvolvidos e com menos influência da Igreja Católica e que geralmente votam à esquerda, se bem que no Norte a influência dos Bispos seja maior, o panorama parece estar a mudar.Exemplo do distrito da Guarda em que o SIM esteve quase a ganhar.
O que se espera agora é que o governo cumpra a palavra, e legisle de forma clara sem subterfúgios e que leve a IVG para a frente e seja aplicada a quem tiver necessidade de fazer um aborto.
Esperamos é que os partidos se entendam quanto á lei a aplicar, por que com os partidos tudo se pode esperar... prometem muito e não fazem nada.
Apesar de este referendo não ser o ideal para as mulheres significa uma meia vitória e que a luta pela despenalização do aborto gratuito integral e absoluto e anónimo, por que os abortos fora das 10 semanas vão continuar a ser feitos.
Também a luta pela melhoria do nível de vida associada ao aborto tem de ser encarada com muito mais enfase, por que a principal causa de aborto é a falta de condições economicas e sociais, coisa que os governos anteriores e este têem cada vez mais agravado o que conduz que os abortos clandestinos aumentem.
A UNIÃO OPERÁRIA NATURAL