O teu voto pode conduzir a uma ditadura
O Tribunal Penal de Minia, no Cairo, condenou à morte 529 simpatizantes do antigo Presidente egípcio, Mohamed Morsi, deposto pelo exército no Verão passado. As acusações incluem violência, incitamento ao homicídio, assalto a uma esquadra de polícia e ataques a pessoas e propriedade privada.
O Egipto sai de uma ditadura islâmica apoiada pelo voto popular para uma ditadura militar.
O que quer dizer que nada melhora, antes pelo contrário.
Os militares no poder querem agora fazer justiça pela sua próprias mãos ao condenar à morte 529 simpatizantes do antigo regime.
O que não deixa de ser surpreendente.
Nunca em nenhum país se condenou a morte tantas pessoas a não ser numa guerra civil ou entre países.
Como é obvio é de lamentar este morticínio no Egipto.
Também é surpreendente que o voto popular conduza a ditadura.
Em Portugal, também voto popular pode conduzir (conduziu) a uma ditadura económica e social repressiva a que fomos votados pelos votadores.
Por isso para que o voto não conduza a nossa própria prisão e à cumplicidade com o sistema o melhor voto é não fazer parte dos votadores militantes.